“Apneia” e mais um capítulo do livro.

Guga Borba – “Apneia”




Após vinte anos de carreira como vocalista das bandas Inverno Russo, Belladona e Naip, além do duo Filho dos Livres, Guga Borba acaba de lançar seu primeiro disco solo. Das onze músicas do Cd, intitulado “Apneia”, dez são autorais, a exceção é “É necessário” do Geraldo Espíndola. Apesar de contar com a participação do parceiro de Filho dos Livres, Guilherme Cruz, em três faixas, o trabalho solo de Guga tem muito pouco do duo.



Quem está acostumado com a voz rasgada do Guga, pode se surpreender com o seu “novo” modo de cantar. Talvez, a voz seja a única referência ao Filho dos Livres, afinal, a pegada vocal do Guga é uma das assinaturas do trabalho do duo, entretanto, está razoavelmente mais contida dessa vez. No samba-canção “Porta bandeira", por exemplo, quase não se conhece a sua voz, porém, nos refrões de “Indireção”, “Minha Razão” e “É necessário” Guga retorna às origens. Quando Guga ainda estava gravando o disco, ele me disse que a sua versão de “É necessário” era bem diferente das outras, inclusive da original. “Cara, eu sou grunge né? Tirei o sorriso da música do Geraldo”, disse na época.    




O disco inteiro foi arranjado sob uma base eletrônica. Adriano Magôo, que também assina a direção musical, Alex Cavalheri e até o baterista e percussionista Sandro Moreno abusaram dos sintetizadores. Completam o time, os violões do Guga – em oito músicas ele usou slide – e as participações do Guilherme tocando guitarra em “Pode ser aos poucos” e cavaco em “Porta bandeira” e “Mulher muito bela”, essa última, por sinal, é a única com baixo elétrico, gravado pelo Antônio Porto.



“Eu segurei o ar e mergulhei em mim... nas minhas composições.” É assim que Guga explica o nome do Cd. “Apneia” é um disco surpreendente. Surpreende pela sonoridade alcançada pelos músicos e pela capacidade do artista Guga de se reinventar, de ser realmente filho dos pensamentos livres.



Amanhã, Guga faz o lançamento oficial de “Apneia” e do seu novo site – gugaborba.com.br – no  “MS Canta Brasil”, abrindo para o Jota Quest. Lembrando que o disco já está a venda nas lojas Planet Music e Opus.


Dando sequência as postagens de trechos do livro, segue a primeira parte do segundo capítulo, justamente, o dedicado ao Guga. 










Capítulo 2





“Amanhã vai se abrir
Em todo o céu carmesim,
A "lerdeira" certeira
Que sempre certeza se faz...”
Meu Carnaval (Guga Borba)





O inverno do ano de 1975 entrou para a história como um dos mais rigorosos de todos os tempos no Brasil. Uma forte nevasca tomou conta de boa parte da região Sul do país. A família Borba, que residia em Curitiba, capital paranaense, além de se preocupar com o imenso frio, vivia a ansiedade pela chegada do terceiro filho; o caçula Guguinha.

            Gustavo Renato Borba nasceu no dia 6 de junho de 1975 em uma família curitibana de classe média. Filho do comerciante Nélson José Borba, e da artesã Solange Marli Borba, Guga é o mais novo de três irmãos, sendo a irmã Simone, sete anos mais velha, e o do meio, Guilherme, cinco anos mais velho. 

Guga é tataraneto do fundador de uma cidade no interior do Paraná chamada Telêmaco Borba, daí o sobrenome. Guga lembra que o Guguinha era um menino normal, como todas as outras crianças, a não ser por dois motivos: tinha um problema sério de dicção, era completamente gago, e sofria de bronquite asmática.

            — Eu tinha muito problema com o frio porque tinha bronquite asmática, então, qualquer mudança climática eu ia parar no hospital. Tinha que fazer inalação e tomar soro...
           
... Depois de morar por uns tempos em Porto Alegre, a família de Guga volta para Curitiba. Mas o seu retorno à cidade natal não duraria muito. Em 1982 o Seu Nélson decide abrir em Campo Grande uma filial da empresa de manufaturados de aço Perfilados Paraná.

            A primeira impressão que Guga teve ao chegar em Campo Grande foi desesperadora. Decerto, para uma criança de sete anos, acostumada com cidades como Curitiba e Porto Alegre, a visão da rodoviária de Campo Grande na época foi um choque. Dona Solange teve muito trabalho para convencer o Guguinha a sair do ônibus.

            — Eu tenho gravado na minha cabeça até hoje o dia em que eu cheguei aqui.

Quando a gente desceu naquela rodoviária e eu vi aquelas índias, sentadas com aquelas crianças no colo, as crianças nuas e com sujeira no nariz e com aquelas bacias de milho. Cara, eu não queria descer do ônibus, dizia: Não vou! Não Vou! De alguma forma rolou um preconceito, poxa cara, eu era uma criança, e acostumado com outras coisas.

             Os problemas de Guga com a adaptação a sua nova realidade continuaram por alguns dias. Seu pai havia alugado um prédio na rua 13 de Maio, em frente à Escola Estadual Vespasiano Martins. Mas até que o lugar estivesse pronto para a família se estabelecer, os Borba tiveram que se hospedar por uns tempos no Hotel Cosmos, ao lado da rodoviária.

            — Depois que a gente se instalou no hotel, a minha mãe me chamou para dar uma volta e conhecer as redondezas. Cara, quando eu vi aquelas lojinhas com aquelas coisas penduradas, eu pensei que a cidade era só aquilo. Meu Deus! E agora? O que eu faço? Quero voltar! Aí meus pais improvisaram um local para a gente morar no prédio.

            Após sofrida adaptação, Guga e família se estabeleceram efetivamente em Campo Grande. Em pouco tempo eles saíram do prédio e em 1984, foram morar na casa recém comprada no Residencial São Luiz...

... Guga começou seus estudos em Campo Grande na escola Vespasiano Martins, mas logo se transferiu para uma das mais tradicionais escolas da cidade, a Mace. Não era um mau aluno, não tinha notas baixas, seu único problema era querer liderar seus colegas nas peraltices comuns entre estudantes. Guga organizava a turma para matar aula, escondia as cadernetas de frequência dos outros alunos, enfim, nada tão grave assim. Mas um pé quebrado mudou seus rumos estudantis.

Guga cursava a 5ª série – atual 6º ano do ensino fundamental – na Mace, quando um belo dia resolveu atirar três carteiras do 3º andar no pátio da escola. Na verdade, não foi atitude impensada e totalmente sem motivo, mas rendeu-lhe um “gentil” convite para sair da escola.

Tudo isso porque em uma brincadeira com outro colega de sala, Guga quebrou o pé dentro da escola. Como ele era um aluno que sempre estava metido em algazarras e confusões, a diretora da escola achou que era mais um truque e negou-lhe assistência médica, deixando-o largado no corredor com um saco de gelo no pé. Revoltado, Guga jurou vingança.

— Meu pé ficou enorme, roxo. Eu não conseguia encostar a ponta do dedo no chão, eu fui pulando, apoiado no ombro de um amigo até o orelhão ligar para minha mãe. Pensei comigo mesmo, quando eu ficar bom vocês vão ver, não deu outra, na primeira semana que voltei, joguei três carteiras lá embaixo. Aí eu fui convidado a sair da escola, caso contrário, seria expulso...

... Quando tinha 11 anos, Guga conheceu a base do que seria o seu entendimento sobre música. O marido da sua irmã, na época, ouvia Zé Ramalho, Alceu Valença, Beatles, Geraldo Vandré e Raul Seixas. Foi ouvindo esses artistas que ele entendeu o quanto as letras das músicas eram importantes, que o cara que compôs está querendo dizer alguma coisa.

            — Foi na casa da minha irmã onde eu conheci esses compositores mais elaborados. As músicas que meu cunhado ouvia me mostraram um novo entendimento sobre música. Esses caras me ensinaram que a letra e a música devem ter a mesma atenção. Mas eu gostava também da Turma do Balão Mágico, da Blitz e do RPM. Kkkk!

            Se Zé Ramalho, Beatles, Raul e a turma da Simony abriram o caminho musical de Guga, foi uma mulher – na verdade, uma menina – que o fez descobrir que poderia ser um cantor. Guga já morava em uma nova casa, bem no centro de Campo Grande, e essa menina morava perto da sua casa, e quando a via passar, Guga suspirava: “Que menina linda, que gata! Mas como vou fazer ela me enxergar?”

            Perguntando aqui, especulando ali, descobriu que ela gostava de uma música que tocava muito nas rádios na época, “Build”, da banda inglesa House Martins – aquela do refrão papapapa pel. Guga teve então uma ideia brilhante: “Vou chegar até ela por essa música”.

            Guga preparou o gravador e ficou a tarde inteira esperando a música tocar na rádio. Música gravada, começou a tarefa. Ouviu uma, duas... 10... 50..., inúmeras vezes, até aprender a cantar a música. O próximo passo era sentar na esquina e esperar ela passar. Mas o plano não deu muito certo.

            — Quando ela passava eu cantarolava a música... papapapa pel..., mas aí cara, ela começou a namorar um amigo meu. Puta merda! Foi uma desilusão total. Mas teve uma coisa boa, meus amigos disseram que eu cantava bem, nem dei bola, o que eu queria era a menina, a música era só um caminho. Mas eles insistiram tanto, “você canta bem cara”, que eu fiquei com isso na cabeça. Se eu fosse um cantor de verdade essa menina olharia para mim...

... Guilherme Borba – o Guiga – foi uma grande influência para Guga quando se trata de música. Foi por intermédio do irmão, que ele começou a ter contato com instrumentos – no momento, Guga está gravando um CD solo que é totalmente dedicado ao irmão, e também à sua irmã.

Guiga tinha vários instrumentos, como baixo e violão, mas um belo dia o Seu Nélson chegou em casa com um teclado de igreja. Foi nesse teclado que Guga aprendeu com o irmão as posições das notas musicais. Pacientemente, Guiga ensinava que “o sol é aqui, o lá se faz assim”. A partir do momento que conseguiu visualizar e entender as notas, sua mente abriu de vez para a música.

            O irmão do Mauro Zen – baixista do Minhoca na Kabeça – também ia aos ensaios da banda. Tico, assim como Guga, queria aprender a tocar, e no intervalo dos ensaios, os dois se apossavam dos instrumentos.

            — Os caras faziam um intervalo para tomar uma cerveja, então, a gente tomava conta dos instrumentos. Foi aí que tudo começou. Mais tarde eu tocaria com o Tico Zen no começo do Inverno Russo.

            Quando o vocalista do Minhoca – Frank – saiu da banda, o baterista Daniel Chaia sugeriu que o Guga poderia assumir os vocais. Mas Guiga não gostou da idéia. “Você é maluco? Meu irmão só tem 12 anos!” argumentou. Guga ficou empolgadíssimo, mas teve que acatar a ordem do irmão: “Você não tem idade, segue com a sua vida”.   

            Com o irmão, Guga também conheceu a primeira grande banda da sua vida. Guiga ouvia muito Pink Floyd, e quando Guga descobriu o “The Wall” – lançado em 1979, e até hoje é um dos discos que mais vendeu no mundo – sua cabeça deu um nó. Ele mergulhou no trabalho da banda.

            — Quando eu conheci o Pink Floyd eu fiquei doido. Ouvia o Gilmour – guitarrista e vocalista – tocar e pensava... “Nossa! Quero tocar como esse cara”. Comecei a ouvir e tirar tudo do Pink Floyd. Sou muito fã desses caras, inclusive quando a banda se separou eu fiquei bem triste.

            Com a mente definitivamente aberta para outros sons, Guga começou a ouvir e tirar de tudo. Como naquela época não existia internet, a única forma de aprender a tocar alguma música era com as “revistinhas” de cifra. Mas Guga geralmente achava que as cifras dessas revistas estavam incorretas, então outra vez se aproveitou da experiência do irmão.

— Eu comecei a tocar mais vendo do que tocando.

            Como fazia nos ensaios do Minhoca, Guga ficou observando como seu irmão tirava as músicas. Guiga ouvia um pedaço da música dava pausa e tirava, ouvia de novo e tirava outro pedaço. Foi assim que Guga aprendeu a tirar as músicas de ouvido. Ao mesmo tempo em que progredia como músico, percebeu que um bom músico precisa de um bom instrumento...

... O Di Giorgio de nylon que Guga havia ganhado da mãe já não servia mais para suas pretensões. Ele queria fazer um trabalho profissional, e para isso, precisaria de um violão melhor. Entendia que com um bom instrumento, seu som melhoraria. De tanto ver e ouvir o Gilmour, Guga decidiu que queria um violão igual ao do ídolo, um Fender.

            Em uma viagem para Curitiba, Guga havia visto em uma loja um lindo violão Fender cor de madeira, do jeito que ele queria. Por sorte, perto da época do seu aniversário, seu pai foi até Curitiba. Sem perder tempo Guga avisou: “Olha, o violão que eu quero é assim e tem em tal loja”.

            — Quando meu pai chegou na loja, ele me ligou e pediu para eu falar com o vendedor. Cara, minhas mãos tremiam. O vendedor disse assim para mim: “Gustavo, o violão que você quer é um Fender assim e assado?” Cara, eu vibrei, meu pai estava comprando um Fender para mim!

            Até seu pai voltar, Guga ficou angustiado, se perguntando se realmente iria ganhar um Fender. Depois de três dias, Seu Nélson voltou para Campo Grande. Enquanto o resto da família perguntava como tinha sido a viagem, Guga, sem meias palavras disse: “Cadê meu violão?” Seu pai falou que já estava embaixo da cama.

            Guga correu até o seu quarto, mergulhou embaixo da cama, mas para sua surpresa a caixa era de um violão Giannini. Foi um balde de água fria. Voltou para a sala com um sorriso amarelo, nem queria abrir o presente. Mas para não decepcionar o pai, Guga abriu a caixa.

            — Quando eu vi na caixa que o violão era Giannini, cara, foi foda. Porra! Eu quero um Fender. Mas daí, eu abri o presente. Cara! Era um Fender! Nossa! Eu fiquei uns dois dias sem dormir. No outro dia eu fiquei tocando com o “Dog” até o dia amanhecer.

            Dog é o apelido de um grande amigo seu, o Leonardo Maciel, que acompanhou e apoiou a carreira do amigo desde o início. Mais tarde, Leonardo tocaria com o Guga na banda Naip e também o acompanharia em seus shows solos. A lembrança que Dog tem do dia em que o Fender caiu nas mãos do Guga é precisa.

            — Na noite em que ele ganhou o Fender, nós sentamos no meio fio na esquina da casa dele no Giocondo Orsi. Era eu, a nossa amiga Rejane e talvez o Guiga assistindo o Guga tocar. Ficamos por horas ouvindo o som do novo presente. Ele não se cansava de tocar...


Continua...


Eu queria ter um milhão de amigos...



Um grande encontro entre amigos. Assim foi o show do Filho dos Livres no fim de tarde do último domingo, e foi nesse clima que Guga saldou a platéia: “é muito bom estar aqui, tocando novamente para os nossos amigos”. Participando pela terceira vez do projeto Som da Concha, Guga Boba, Guilherme Cruz e Sandro Moreno tocaram como se estivessem tocando em casa, para os amigos. Talvez, o Som da Concha seja realmente a casa do Filho dos Livres, afinal, o duo foi a primeira atração do projeto. Por sinal, uma casa bem grande, pois, segundo informação da Polícia Militar, cerca de 1.500 amigos participaram da festa.



Quando eu digo em “encontro entre amigos”, não estou forçando um gancho com o refrão da música do Roberto Carlos que usei no título do post. Quem acompanha as apresentações do duo sabe que existe essa sinergia entre artista e público. Show do Filho dos Livres é igual a velório de parente: você encontra muitas pessoas que há muito tempo não via, e, geralmente, você só vê essas pessoas nessas circunstâncias. Grande parte desses amigos acompanha o duo desde o primeiro show, em 2003, outros, seguem Guga e Guilherme desde o início da parceria, em 1994, com o Inverno Russo.




E foi nessa atmosfera, que os dois presentearam o público, e a si mesmos, com todos os sucessos dos dois discos de estúdio lançados pelo duo. E como bons amigos que são, os mil e quinhentos presentes ajudaram Guga e Guilherme a cantar todas as músicas do repertório, como numa roda de violão. Essa intimidade ficou evidente em um dos intervalos do show. Enquanto Guilherme afinava o seu violão, alguém pediu para eles tocarem “Senhorita”, ele respondeu espontaneamente, como se a pessoa estivesse sentada ao seu lado “sim... vai rolar... essa vai rolar daqui a pouco, porque agora a gente vai tocar uma música do nosso segundo disco...”.




Tecnicamente, o show foi literalmente uma roda de violão, e o observador mais atento pôde perceber que Guilherme não usaria guitarra ao ver o kit de percussão montado pelo Sandro. A bateria deu lugar a um cajon, uma caixa, um prato, uma pequena bateria eletrônica e... guizos e chocalhos amarrados aos tornozelos. Foi assim, sem guitarra, bateria e baixo, com o Sandrinho quebrando tudo na sua bateria híbrida, Guga no violão e Guilherme no violão de 12, que eles se divertiram e divertiram o fim de tarde na Concha Acústica Helena Meirelles.




Após uma hora e meia de show, dois bis e muita diversão, Guga, Guilherme e Sandro ainda tiveram disposição para celebrar e atender aos fãs, ou melhor, aos amigos. Fotos, autógrafos, palhetas e um até logo... e da próxima vez, provavelmente, o repertório da festa será de músicas do novo disco do Filho dos Livres.










































O “Clube dos 27” ganhou mais um integrante... chega mais Amy

Amy Winehouse (14/09/1983 - 23/07/2011)



Brian Jones, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison, Kurt Cobain e Amy Winehouse

Além do talento e do imenso sucesso, todos esses astros da música têm algo mais em comum. Todos morreram aos 27 anos, no auge de suas carreiras. Essa coincidência mórbida ganhou a alcunha de “O Clube dos 27”.

Os “fundadores” do clube foram os “quatro J”: Brian Jones, Jimi Hendrix, Janis Joplin e Jim Morrison. Os quatro morreram no período exato de dois anos, entre julho de 1969 e julho de 1971. Essa sequência trágica para os amantes do rock, e um alívio para os puritanos da época, aconteceu em circunstâncias estranhas e envolta em mistérios.

Devido ao curto espaço de tempo entre as mortes, e a coincidência de todos terem a letra ”J” em seus nomes, várias teorias foram levantadas na época e perduram até hoje. A conspiração mais propagada é de que os políticos puritanos, assustados com o desbunde do Festival de Woodstock, tramaram, por intermédio do FBI, uma cilada para eliminar os “malditos cabeludos” da face da terra.


                                                   Brian Jones (28/02/1942 - 03/07/1969)





                                                 Jimi Hendrix (27/11/1942 - 18/09/1970)





                                                   Janis Joplin (19/01/1943 - 04/10/1970)





                                                  Jim Morrison (08/12/1943 - 03/07/1971)





O quinto integrante do Clube dos 27 se juntou aos “Js” vinte e três anos depois. No dia 8 de abril de 1994, o corpo de Kurt Cobain foi encontrado em sua casa, em Seattle, por um eletricista. A versão oficial aponta que Cobain se matou com um tiro na cabeça, sobretudo, como nos anos 70, várias possibilidades surgiram para explicar a partida prematura do cara que mudou o rock no final do século XX. Uma das teorias é que a sua mulher, Courtney Love, tramou a sua morte para ficar com sua milionária herança. Curiosamente, segundo a mãe de Cobain, ele falava constantemente em seguir seus ídolos, e entrar para o clube dos 27.



Mesmo levando em conta todas essas conspirações que envolvem as mortes desses ídolos da música, o único paralelo, além da música e da idade da morte, que os une é o abuso do álcool e das drogas. Se Jones, Janis, Hendrix e Morrison morreram, supostamente, de overdose causada pela combinação violenta de drogas, álcool e barbitúricos, Cobain, cansado de ser refém das drogas, resolveu mudar o enredo final explodindo, literalmente, o seu cérebro.

                                                   Kurt Cobain (20/02/1967 - 05/04/1994)



Curiosamente, a música brasileira quase teve o seu representante no Clube dos 27. Noel Rosa (1910-1937), que não era roqueiro e sim sambista, morreu tuberculoso poucos meses antes de completar 27 anos. A história de Noel segue o mesmo roteiro dos “roqueiros doidões”. Considerado o maior compositor de sua época, e um dos maiores da música brasileira, Noel Rosa abusou da boêmia nas noites cariocas do começo do século passado. No caso do sambista, não havia drogas, mas uma quantidade absurda de álcool e cigarro.

                                                   Noel Rosa (11/12/1910 - 04/05/1937)



Ontem, 23 de julho de 2011, dezessete anos após Kurt entrar para o clube, Amy Winehouse, aos 27 anos, subiu ao palco dos 27. A história se repete... muito talento, sucesso mundial, vícios e morte prematura. O enredo já estava escrito. Todos sabíam que se Amy continuasse a viver loucamente, sua partida seria breve, mas, até o mais pessimista não imaginaria que seria tão breve assim.
Segue abaixo uma retrospectiva fotográfica do definhamento da dona da melhor voz feminina dos últimos anos. Welcome to the club, Amy!






















Filho dos Livres Pensamentos





No próximo domingo (24), o Filho dos Livres volta a tocar no projeto “Som da Concha”. Para quem não conhece, o duo é formado pelos músicos e compositores Guga Borba e Guilherme Cruz. Desde que tocaram juntos pela primeira vez, na banda Inverno Russo, já são mais de vinte anos de parceria. Depois do Inverno Russo, Guga e Guilherme também estiveram juntos nas bandas Belladona, Naip, e, atualmente, o Filho dos Livres.





O duo já lançou dois discos oficiais, "Tradições Distorcidas" e "República dos Livres Pensamentos", e duas coletâneas, "Meu Carnaval Numa Outra Estação de Natal" – que inclui gravações ao vivo – e "Filosofias Variadas Sobre o Tempo" – lançado pela gravadora Velas. Além da bem sucedida parceria, os dois realizam outros projetos individuais. Guga é produtor de palco, tendo trabalhado com diversos artistas de renome nacional e internacional. Já Guilherme é produtor musical e tem em seu currículo inúmeros trabalhos com artistas locais e alguns discos de artistas de ponta na música brasileira.



O “Som da Concha” é um projeto realizado pela Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, em parceria com a TV Pantanal, e acontece na Concha Acústica Helena Meirelles, no Parque das Nações Indígenas. O show, que começa às 17h30, terá como atração de abertura o cantor e também compositor, Thiago Perez.





Este post comemora a volta do Filho dos Livres ao "Som da Concha", mas também cumpre a promessa na minha primeira postagem. A partir de hoje, vou postar, aos poucos, alguns trechos de cada capítulo do livro que escrevi sobre a carreira desses dois artistas que, apesar de novos, já deixaram sua contribuição para a identidade musical de Mato Grosso do Sul.




Capítulo 1





“Quando eu era mais jovem e bem mais sá¬bio, arquiteto de sonhos
Eu cheguei a esta terra e ouvi um homem de palavras infinitas
Que mudaram minha vida, tão bem vinda, poeira fina...
Logo que eu fiquei mais velho e menos sá¬bio, vendedor de meus sonhos
Eu deixei esta terra mais ainda ouvia o ho¬mem que exaltava atrás das cordas
Fui pelo deserto, com futuro tão incerto, a tocar seus cantos...”
Atol (Guga Borba e Guilherme Cruz)




Para situar a contribuição do trabalho musical de Guga Borba e Guilherme Cruz na cena musical urbana de Mato Grosso do Sul, especificamente, de Campo Grande, é necessário voltar pelo menos 40 anos, quando uma geração de jovens músicos e compositores entrava em cena dando novos rumos para a música do Estado, então Mato Grosso. Trazendo na bagagem a influência da música rural e dos ritmos fronteiriços, esses jovens voltaram seus ouvidos para o que acontecia além do rio Paraná. Na Inglaterra, os Beatles e Rolling Stones já eram as maiores bandas do mundo; nos Estados Unidos, o festival de Woodstock e o movimento “Flower Power” da Califórnia, moldavam uma nova forma de fazer música, ou, até mesmo, de usá-la como forma de expressão.

Em Campo Grande, no final da década de 1960, os jovens Geraldo Espíndola e Paulo Simões compunham suas primeiras canções, dando os primeiros passos para se tornarem dois dos maiores compositores da música sul-mato-grossense. Em 1968, aconteceu a segunda edição do “Festival de Música Popular de Mato Grosso”, e um conjunto chamado Os Bizarros, Fetos e Pára-quedistas de Alfa Centauro foi o destaque do evento, ao interpretar a música “2001” dos Mutantes. Entre Os Bizarros, estavam Geraldo e Simões.

Os jornalistas Karine Silveira e Adriano Hany, no livro-reportagem “Geraldo Espíndola: O Menestrel Pantaneiro” (2009) descrevem com detalhes esse dia no longínquo ano de 1968, quando Os Bizarros, fizeram seu primeiro show. Além da irreverência musical, Geraldo Espíndola, no violão; Paulo Simões, na guitarra; Maurício de Barros, no contrabaixo; James de Deus, no órgão; e os dois bateristas, Mário Márcio e João Vaca Louca, surpreenderam a platéia com as suas vestes.

Geraldo vestia um poncho boliviano, calça de veludo, botas e chapéu; e Simões, usava fraque e cartola. Talvez assim, quisessem justificar o nome da banda. Para muitos, Os Bizarros é considerada a primeira banda de rock de Campo Grande, terra onde só se ouvia a música sertaneja. Trinta anos mais tarde, no projeto “Tripé”, Paulo Simões dividiria o palco com um duo chamado Filho dos Livres, cujo vocalista toca de saia. Guga – o cara da saia –, Guilherme e Jerry Espíndola são os outros pés...

... Mesmo antes da criação do estado de Mato Grosso do Sul, o sul de Mato Grosso, mais precisamente Campo Grande, estava a passos longos para encontrar sua identidade musical. Incorporando todas as suas influências rurais com as tendências contemporâneas da época, esses artistas foram responsáveis pelo primeiro movimento musical genuinamente sul-matogrossense. Em 1975, os irmãos Espíndolas (Geraldo, Celito, Alzira e Tetê) se juntaram e criaram o grupo Luz Azul, que mais tarde, em 1978, se tornaria Tetê e o Lírio Selvagem. Foi a primeira vez que um grupo de rock, do já então dividido estado de Mato Grosso do Sul, alcançaria projeção nacional. Em junho de 1975, nasce Guga Borba em Curitiba; um mês mais tarde, Guilherme vem ao mundo em Volta Redonda...

... Em 1982, aconteceu em Campo Grande, no Teatro Glauce Rocha, um evento que mostrou todas as caras, cores e sons da, já sedimentada, música urbana de Mato Grosso do Sul. Se no ano de 1968, Geraldo Espíndola e Paulo Simões, a frente dos Bizarros, deram o pontapé inicial para o movimento musical urbano do estado, o show “Prata da Casa” foi o grande momento dessa geração. Além dos já conhecidos irmãos Espíndola, que agora tinha mais um integrante, o caçula Jerry, Paulo Simões, Almir Sater e o Grupo Acaba, se juntaram nos dias 15 e 16 de maio de 1982, para fazer, até então, o maior registro da “nova” música sul-mato-grossense. Outros artistas, que apesar de já terem uma carreira relevante, chegaram ao conhecimento do grande público através desses shows. Nomes como Guilherme Rondon, José Boaventura, João Fígar, Cláudio Prates, Paulo Ge, Lenilde Ramos e Carlos Colman puderam também, mostrar seus trabalhos nos dois dias de teatro lotado... também em 1982, Guga se muda para Campo Grande, enquanto Guilherme ganha seu primeiro violão e começa a estudar com o “Prata da Casa” Carlos Colman...

... A partir de 1985, Campo Grande começou a conhecer uma nova geração de artistas e bandas que deram mais dinâmica e uma nova cara ao cenário musical local. Nesse mesmo ano, em Dourados, nascia a banda Olho de Gato, que pode ser considerada a primeira banda de pop/rock do estado. A banda de heavy-metal Alta Tensão lança seu primeiro disco “Metalmorfose” também em 85. A primeira banda de heavy-metal de Mato Grosso do Sul lançou mais dois discos, e até hoje, é considerada uma das mais importantes do país. O baterista do Alta Tensão, João Bosco, também era o baterista da banda Euphoria, que serviu como banda de apoio para quase todos os artistas que se apresentaram no “Prata da Casa”.

João Bosco foi um dos incentivadores dessa nova geração de roqueiros. Sua importância não se resume apenas a influência como músico; Bosco é proprietário da primeira loja a vender produtos ligados ao rock em Campo Grande. Na década de 1980 a “Rock Show” era ponto de encontro desses jovens ávidos por novidades do mundo da música. O seu primeiro endereço, na “Galeria Itamarati”, era frequentado pelos garotos que seriam os principais cantores, compositores e instrumentistas do atual, e real movimento de pop/rock de Campo Grande. Guga Borba e Guilherme Cruz estavam entre esses garotos, e já davam os primeiros passos na carreira musical.

Foi nesse cenário que nasceram, entre outras, bandas como Minhoca na Kabeça, Tropa de Choque, Blues Band e Vaticano 69, que já tinham um público cativo no circuito de bares e boates da capital. Duas outras bandas também se destacavam nessa época, o Inverno Russo, na qual Guga era vocalista, e o Outdoors, que tinha Guilherme na guitarra e que logo se juntaria ao Guga no Inverno Russo.

No começo da década de 1990 havia dezenas de bandas buscando seu espaço na noite de Campo Grande, e esse número não parava de crescer.  Com o fim do Alta Tensão e da Blues Band, nasceu outra  banda que hoje é referência para o rock de Mato Grosso do Sul. O Bando do Velho Jack foi composta pelos integrantes egressos dessas duas bandas. Essa fertilidade de novos músicos continuou crescendo por toda década de 1990, assim como crescia a necessidade de gravar suas músicas e divulgá-las além das divisas de Mato Grosso do Sul.

Com o aparecimento das leis de incentivo a cultura e das facilidades da era digital, esse sonho começou a se tornar realidade. Os primeiros artistas que conseguiram gravar CDs foram dois remanescentes da geração “Prata da Casa”. Paulo Simões lançou “Expresso Arrasta-pé Volume I” em 1992, e Guilherme Rondon “Piratininga” em 1994. Em 1997 Geraldo Roca lança “Música do Litoral Central”. Esse disco é muito importante por mostrar uma nova forma de se tocar os ritmos ternários, como a polca paraguaia e a guarânia. Músicas como “Polka outra vez”, “Litoral central” e “Japonês tem três filhas”; tem como base musical o tripé do rock: guitarra, baixo e bateria. Estão nesse disco outros sucessos de Roca, como “Mochileira”, e o clássico “Trem do Pantanal”.

Nesse mesmo ano de 97, é lançada a trilogia “Mato Grosso do Som”, que é um registro dos três shows acontecidos no “Teatro Glauce Rocha”. Os três discos fazem um mapeamento da música sul-mato-grossense, desde suas origens, passando pela geração “Prata da Casa”, chegando até as novas bandas como Blues Band, Medarock e Inverno Russo. Guga coloca fogo em uma camiseta do Inverno Russo e a banda chega ao fim. Guga e Guilherme partem para São Paulo, onde montam o Belladona...

... Os músicos de Mato Grosso do Sul, que já contavam com a ajuda das leis de incentivos para a gravação dos discos, agora têm na internet uma ferramenta barata e eficiente para divulgar seus trabalhos. Sendo assim, e como não poderia ser diferente, a produção de CDs atingiu índices nunca vistos antes; e quanto mais gravações, mais produto musical sendo posto ao gosto do público, e diversas bandas começam a se destacar. Depois de gravar um disco com o Belladona, e de várias aventuras em São Paulo, Guga e Guilherme voltam para Campo Grande e formam o Naip...

... Depois de lançar o primeiro CD “Pop Pantanal” em 2000, Jerry Espíndola lança em 2002 um disco com um sugestivo nome: “Polca Rock”. Apoiado pela excelente banda Croa, Jerry toca a tradicional polca paraguaia com guitarras distorcidas e uma pegada hard-rock na bateria. “Polca Rock” acabou definindo por algum tempo um novo estilo musical. O cantor e compositor Rodrigo Teixeira também gravou um disco de “Polca Rock”. “Polck”, de 2004, traz a mesma fórmula de tocar os ritmos fronteiriços junto com uma linguagem mais rock.

Muitos são os pais da “Polca Rock”. Nos anos de 1970 a banda Euphoria já tocava polca paraguaia com guitarra, enquanto o Lírio Selvagem gravava “Na Catarata” – uma polca cheia de contratempo e com um arranjo contemporâneo. No começo da década de 1980, Carlos Colman e Lenilde Ramos tocavam o “rock de botinas”; e em 1997, Geraldo Roca lança “Litoral Central”. Não importa quem a criou, o importante é o movimento musical que pode servir de referência da música regional. Cansados de tocar músicas de outros artistas com a banda Naip, e também muito influenciados pelos ritmos ternários, Guga e Guilherme formam o duo Filho dos Livres...

... Há pelo menos 20 anos Guga Borba e Guilherme Cruz vêm participando do movimento musical de Campo Grande. Desde o início com o Inverno Russo até o presente com o Filho dos Livres, já são seis CDs lançados e muitas experiências nos palcos de Mato Grosso do Sul e de outros Estados. Guga e Guilherme amadureceram não só como músicos e compositores, mas também como pessoas, e já tem seus nomes escritos na história da música regional. Apesar de novos, Guga e Guilherme têm muitas histórias para contar. E são essas histórias, desses dois músicos, que vamos começar a conhecer no próximo capítulo...


Antes tarde do que nunca! "Dia Mundial do Rock" e mais uma lista com os melhores discos.







Um pouco tarde para um post sobre o "Dia Mundial do Rock" não? Pois é, também acho, mas, esse atraso tem um porquê inusitado: eu simplesmente não consegui escolher vinte discos. Agora eu entendo o que sentem as mães quando são obrigadas a escolher um filho, e deixar o outro. Vinte discos em mais de setenta anos de história desse velhinho safado e querido chamado rock and roll? Impossível!





Três dias antes da data mais comemorada pelos rockeiros, 13 de julho, eu comecei a preparar a minha lista com dez discos, nacionais e internacionais, mais importantes do rock'n'roll. Mas, logo vi que teria problemas. Primeiro, saquei que seria esquisito escolher apenas dez. Imagina! Se juntarmos apenas os melhores discos dos Beatles, do Led Zeppelin, ou da Legião, contaremos mais do que os vinte pretendidos. E mesmo escolhendo só um disco dessas feras aí em cima, a conta não fechou. Fui obrigado a subir a conta para trinta. Quinze discos nacionais e quinze internacionais.

Depois de escolher, ainda com sofrimento, os tais trinta discos, encontrei outro dilema. A ideia inicial era escrever um pequeno comentário para cada disco, e foi o que fiz. Isso foi no domingo, 10 de julho, aí veio segunda, terça, quarta, e... nada. Perdi o dead line. Claro que a correria da vida tem sua culpa, porém, foi muito árduo escrever em poucas palavras, o que esses discos representam para mim. Agora, imaginem trinta comentários para trinta discos, além das fotos e dos vídeos. Assim como o processo prático, o post ficou enorme, ridiculamente enorme. Sendo assim, caros leitores, para não abandonar o projeto, resolvi postar só as capas dos discos e indicar uma música de cada.





É importante ressaltar que a lista não é uma análise científica cujo objetivo é provar por A+B que tal disco é melhor que o outro. Estes são apenas os discos que eu considero os melhores e mais importantes para mim, para a minha formação musical, algo como, "os 30 discos da minha vida". A única ordem que elas obedecem é a alfabética. Alguns sentirão falta dos Stones, do Barão, do AC/DC, dos Novos Baianos, ou do Deep Purple, e para esses eu digo que eu também senti. Porém, na minha minuciosa seleção, seguindo os meus mais fiéis critérios, infelizmente, eles bateram na trave. Vale também lembrar que as músicas que eu escolhi não são necessariamente as mais famosas, ou os hits. Na maioria das vezes são músicas coadjuvantes - que apesar de não serem as mais conhecidas, são fundamentais para a consistência do disco -, e até mesmo "lados B" esquecidos nessas maravilhosas obras. Chega de explicação, vamos a elas:



INTERNACIONAIS





 Black Sabbath - "Black Sabbath" (1970)




 

"N.I.B." ( Iommi, Osbourne, Ward and Butler )







BON JOVI - NEW JERSEY (1988) 







"Blood on Blood" (Bon Jovi, Child and Sambora)







GUNS'N'ROSES - APPETITE FOR DESTRUCTION (1987)







"Paradise City" (Rose, Stradlin, McKagan and Slash)







IRON MAIDEN - THE NUMBER OF THE BEAST (1982)







"The Number of The Beast" (Steve Harris)







LED ZEPPELIN - LED ZEPPELIN IV (1971)







"Rock'n'Roll" (Page, Plant, Jones and Bonham)







METALLICA - MASTER OF PUPPETS (1986)







"Master of Puppets" (Hetfield, Ulrich, Hammett and Burton)







NIRVANA - NEVERMIND (1991)







"Smells Like Teen Spirit" (Kurt Cobain)







PINK FLOYD - THE WALL (1979)







"Hey You" (Roger Waters)







REM - OUT OF TIME (1991)







"Near Wild Heaven" (Berry, Buck, Mills and Stipe)







THE BEATLES - LET IT BE (1970)







"Across The Universe" (John Lennon)






THE CURE - DISINTEGRATION (1989)







"Pictures of You" (Smith, Gallup, Williams, Thompson, O'Donnell and Tolhurst )







THE DOORS - THE DOORS (1967)







"Break on Through" (Jim Morrison)








THE JESUS AND MARY CHAIN - DARKLANDS (1987)







"Happy When it Rains" (William and Jim Reid)






THE VELVET UNDERGROUND - THE VELVET UNDERGROUND AND NICO (1967)







"Femme Fatale" (Lou Reed)







U2 - THE JOSHUA TREE (1987)







"I Still Haven't Found What I'm Looking For" (Vox, Mullen, Clayton and Edge)






NACIONAIS





ARNALDO BAPTISTA - LOKI (1974)







"Será Que Eu Vou Virar Bolor" (Arnaldo Baptista)







CAPITAL INICIAL - CAPITAL INICIAL (1986)







"Tudo Mal" (Lemos, Lopes de Souza e Jones)








CHICO SCIENCE & NAÇÃO ZUMBI - DA LAMA AO CAOS (1994)







"Rios, Pontes & Overdrives" (Chico Science e Jorge Du Peixe)







ENGENHEIROS DO HAWAII - A REVOLTA DOS DÂNDIS (1987)







"Vozes" (Humberto Gessinger)








IRA! - VIVENDO E NÃO APRENDENDO (1986)






"Quinze Anos" (Ricardo Gasparini e Edgar Scandurra)






LEGIÃO URBANA - DOIS (1986)







"Fábrica" (Renato Russo)








MUTANTES - JARDIM ELÉTRICO (1971)







"It's Very Nice Pra Xuxu" (Arnaldo Baptista, Rita Lee e Sérgio Dias)








OS PARALAMAS DO SUCESSO - SELVAGEM? (1986)







"Alagados" (Bi Ribeiro, João Barone e Herbert Vianna)







PLEBE RUDE - O CONCRETO JÁ RACHOU (1985)







"Minha Renda" (Philippe Seabra)







RAUL SEIXAS - KRIG-HA BANDOLO (1973)





"Rockixe" (Raul Seixas e Paulo Coelho)








RPM - REVOLUÇÕES POR MINUTO (1983)







"Rádio Pirata" (Paulo Ricardo e Luis Schiavon)







SECOS E MOLHADOS (1973)







"Primavera Nos Dentes" (João Ricardo e João Apolinário)







SEPULTURA - ROOTS (1996)






"Roots Bloddy Roots" (Igor e Max Cavalera, Paulo Jr. e Andreas Kisser)






TITÃS - CABEÇA DINOSSAURO (1986)







"Igreja" (Nando Reis)







ULTRAJE A RIGOR - NÓS VAMOS INVADIR A SUA PRAIA (1985)







"Rebelde Sem Causa" (Roger Moreira)