Eu queria ter um milhão de amigos...



Um grande encontro entre amigos. Assim foi o show do Filho dos Livres no fim de tarde do último domingo, e foi nesse clima que Guga saldou a platéia: “é muito bom estar aqui, tocando novamente para os nossos amigos”. Participando pela terceira vez do projeto Som da Concha, Guga Boba, Guilherme Cruz e Sandro Moreno tocaram como se estivessem tocando em casa, para os amigos. Talvez, o Som da Concha seja realmente a casa do Filho dos Livres, afinal, o duo foi a primeira atração do projeto. Por sinal, uma casa bem grande, pois, segundo informação da Polícia Militar, cerca de 1.500 amigos participaram da festa.



Quando eu digo em “encontro entre amigos”, não estou forçando um gancho com o refrão da música do Roberto Carlos que usei no título do post. Quem acompanha as apresentações do duo sabe que existe essa sinergia entre artista e público. Show do Filho dos Livres é igual a velório de parente: você encontra muitas pessoas que há muito tempo não via, e, geralmente, você só vê essas pessoas nessas circunstâncias. Grande parte desses amigos acompanha o duo desde o primeiro show, em 2003, outros, seguem Guga e Guilherme desde o início da parceria, em 1994, com o Inverno Russo.




E foi nessa atmosfera, que os dois presentearam o público, e a si mesmos, com todos os sucessos dos dois discos de estúdio lançados pelo duo. E como bons amigos que são, os mil e quinhentos presentes ajudaram Guga e Guilherme a cantar todas as músicas do repertório, como numa roda de violão. Essa intimidade ficou evidente em um dos intervalos do show. Enquanto Guilherme afinava o seu violão, alguém pediu para eles tocarem “Senhorita”, ele respondeu espontaneamente, como se a pessoa estivesse sentada ao seu lado “sim... vai rolar... essa vai rolar daqui a pouco, porque agora a gente vai tocar uma música do nosso segundo disco...”.




Tecnicamente, o show foi literalmente uma roda de violão, e o observador mais atento pôde perceber que Guilherme não usaria guitarra ao ver o kit de percussão montado pelo Sandro. A bateria deu lugar a um cajon, uma caixa, um prato, uma pequena bateria eletrônica e... guizos e chocalhos amarrados aos tornozelos. Foi assim, sem guitarra, bateria e baixo, com o Sandrinho quebrando tudo na sua bateria híbrida, Guga no violão e Guilherme no violão de 12, que eles se divertiram e divertiram o fim de tarde na Concha Acústica Helena Meirelles.




Após uma hora e meia de show, dois bis e muita diversão, Guga, Guilherme e Sandro ainda tiveram disposição para celebrar e atender aos fãs, ou melhor, aos amigos. Fotos, autógrafos, palhetas e um até logo... e da próxima vez, provavelmente, o repertório da festa será de músicas do novo disco do Filho dos Livres.









































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