40 anos sem Jim Morrison, o 'Rei Lagarto'

‘Eu sou o Rei Lagarto, eu posso fazer qualquer coisa!'


 A morte de Jim Morrison é, até hoje, envolta em mistérios. As teorias vão desde conspiração da CIA, passando por suposta morte por overdose em um bar parisiense chamado Circus, e até mesmo que ele simplesmente não morreu, Jim teria cansado da vida pública e decidiu forjar a sua morte; segundo quem sustenta essa teoria, o ex-astro do The Doors mora hoje em uma fazenda na África. Eu prefiro acreditar na versão oficial, de que Jim Morrison morreu de parada cardíaca, supostamente causada por overdose de heroína, na banheira do seu apartamento na Rua Beautreillis, em Paris.

Jim Morrison decidiu deixar os Estados Unidos após sérios incidentes com as autoridades norte-americanas. O primeiro tumulto aconteceu em 1967, em New Haven. Morrison estava nos bastidores do palco com a jornalista Patrícia Keneally – amante de Jim, chegou a casar com o músico em um ritual de bruxaria selado com um pacto de sangue... os ‘noivos’ beberam um o sangue do outro. Um policial não conheceu Morrison, o agrediu, e lançou spray de pimenta nos seus olhos. Na hora do show, logo na segunda música, Jim conta o que havia acontecido, faz provocações com os policiais que estavam à beira do palco e incita a plateia. O alvoroço lhe custou à prisão por motim.


 Outro grave incidente aconteceu em 1969. O auditório do Dinner Key, em Miami, estava completamente lotado a espera do The Doors. Jim subiu ao palco completamente bêbado, e singelamente, desabotoa a calça, simula masturbação, e mais uma vez incita o público a desordem. Resultado: oito anos de prisão por motim e ato obsceno, além de vários shows da banda cancelados.  Os Doors gravariam ainda mais dois álbuns (‘Morrison hotel’ e ‘LA woman’), mas, os problemas policiais foram um forte baque na vida de Morrison, que ainda tinha de lidar com o alcoolismo. Após cumprir os compromissos com a banda, Jim e a esposa Pamela Courson mudam-se para Paris em busca de paz e anonimato.


 Jim e Pamela chegaram em Paris em março de 1971. Decido a esquecer a música por um tempo, Morrison passou a se dedicar a poesia. Infelizmente, não teve muito tempo para isso, na verdade, ele foi para a Cidade das Luzes para morrer. Além do álcool, começou a usar heroína. Ele ainda estava abatido e deprimido com a possibilidade de ser julgado pelo incidente em Miami. A temporada de Jim e Pamela em Paris é uma fase da vida do músico bem obscura, são várias histórias sobre brigas, traições e exagero de drogas envolvendo o casal. Anos após a morte de Morrison, amigos próximos aos dois afirmaram que foi Pamela a responsável pelo vício de Jim em heroína, e que foi também dela, a dose mortal aplicada no cantor.


 A versão oficial é que na noite do dia 3 de julho de 1971, após beber vários drinques, usar algumas doses de heroína e cantar músicas do The Doors, Jim foi dormir. Porém, pouco tempo depois, começou a se sentir indisposto e com náuseas. Disse a Pamela que iria tomar banho para tentar melhorar. No meio da madrugada, Pamela o encontrou morto.


Complôs, versões, mistérios, nada disso é maior do que o legado deixado por Jim Morrison. Na geração hippie, do ‘paz e amor’, a poesia ácida, obscura e visceral de Jim e os Doors, assim como fazia Lou Reed com o Velvet Underground, contradizia toda aquela atmosfera ‘Era de Aquário’ da época. Em seus 27 anos de vida, Jim adotou alguns personagens: The Lizzard King (O Rei Lagarto), Mr. Mojo Risin (um anagrama com as letras do seu nome) e o rockstar alcoólatra Jimbo. O documentário ‘When you’re strange’, de 2010, narrado pelo ator Johnny Depp, destrincha esses alter egos sobre a ótica de quem conviveu com um dos maiores e mais influentes poetas da música.


2 comentários:

  1. muito bom, bicho!!!

  1. que merda é essa vc que fase uma homenagem e ainda faz era Jim morrison não dizia que era o rei dos lagartos ele dizia que era o rei das lagartixas pq elas vivam no sub consciente...então não fassa mais primeiro pesquise e depois poste algo real e verdadeiro
    (estupido e ignorante)

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